Imagine você estar olhando agora
para essa tela e não conseguir enxergar com clareza o que está escrito. Ou,
durante uma aula, não ver o que o professor expõe no quadro e nos slides. Se é
difícil para você, imagine para uma criança em idade escolar. Problemas de
visão influenciam diretamente no rendimento dos alunos na escola.
O projeto de extensão Ver e
Aprender realiza um trabalho de identificação de crianças com problemas de
visão. O público alvo são os alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal e
de Instituições que atendem a famílias carentes. As crianças passam por uma
triagem e, havendo a necessidade, fazem o exame oftalmológico. Ontem (20) foi
feita a entrega dos novos óculos aos pequenos atendidos pelo projeto.
De acordo com o professor Nilson Morais,
coordenador do Ver e Aprender, das crianças examinadas na triagem, cerca de 20%
apresentam problema de visão. Com a entrega dos óculos, o projeto atinge a sua
principal meta. “A gente fica muito feliz com esse resultado de ver as crianças
sorrindo. Agora eles podem enxergar melhor o quadro dentro da sala de aula e
melhorar o desempenho escolar. Esse é o nosso objetivo final, melhorar o seu
desenvolvimento neuropsicomotor”, afirmou Nilson.
Entre os beneficiados com a iniciativa
está o pequeno Lucas Leandro, de 11 anos. Morador do bairro do Mutirão, ele é
atendido pela ONG Operação Resgate. “Embaçado”, foi assim que ele descreveu a
forma como enxergava antes ganhar os óculos. “Eu vou ser um menino mais feliz”,
garantiu Lucas, já enxergando o mundo com mais nitidez.
Também responsável pela
felicidade de Lucas é a Vanessa Ótica. A empresa patoense faz a doação dos
óculos. “A partir do exame que eles realizam, a gente leva os produtos para que
eles escolham, depois confeccionamos as lentes e fazemos a entrega”, explicou
Larrycia Vanessa, representante da ótica. “É muito feliz e gratificante”,
avaliou.
O projeto Ver a Aprender foi
criado em 2017, como extensão da disciplina de oftalmologia, do 7º período de
Medicina. De lá para cá, cerca 400 crianças já foram atendidas nas triagens,
sendo que 50 delas tiveram seu problema de baixa visão solucionado.